1. Estabeleça a baseline
Por isso, é fundamental sempre começar estabelecendo o padrão de comportamento da pessoa quando ela está relaxada, falando sobre alguma coisa que ela tem familiaridade. Por isso, no início, procure estabelecer rapport com a pessoa, conversar sobre coisas que ela está acostumada. Esse será seu padrão de comparação.
2. Faça a mesma pergunta, de formas diferentes
Nos interrogatórios a polícia faz a mesma pergunta, de forma diferente, pelo menos 3 vezes. Essa é uma das formas mais fáceis de desmascarar quando alguém está mentindo, porque fica fácil descobrir inconsistências no discurso. Por exemplo, você poderia perguntar, “quantos anos você tem?”, “qual ano que você nasceu?”, “quando você se formou no ensino médio?”. Note que todas essas perguntas levam ao mesmo lugar. No entanto, se a pessoa estiver mentindo, provavelmente você conseguirá notar alguma inconsistência ou dificuldade para responder.
3. Faça perguntas abertas
Outra poderosa arma durante os interrogatórios são as perguntas abertas. Comece com coisas como “Me fale mais sobre…” ou “Como você explica…”. Após a resposta, continue em silêncio, olhando a pessoa. Esse silêncio irá gerar desconforto e, se a pessoa estiver mentindo, ela irá voltar a falar de forma apressada, tentando cobrir as lacunas que ela acredita que pode ter deixado. Desconfie se a pessoa tenta dar detalhes em excesso ou apresenta um discurso ou fala diferentes daqueles observados durante a baseline.
4. Observe alterações de humor
Mentir gera estresse físico e psicológico. Para mentir as pessoas precisam recriar uma realidade que não existe. Esse processamento mental dobrado, aliado ao medo de serem pegas, fazem as pessoas se tornarem mais irritadas ou impacientes. Mais uma vez, procure definir qual é a baseline da pessoa e veja se ela demonstra qualquer sinal de desconforto ou irritação quando está falando sobre o assunto.
5. Observe sinais da linguagem corporal
Pessoas em situações de estresse e perigo tendem a ficar na defensiva. Ao contar uma mentira as pessoas inconscientemente projetam uma postura defensiva, geralmente cruzando braços, pernas. Outros sinais para procurar incluem tiques nervosos, coçar o rosto, nariz, colocar a mão no pescoço, apontar os pés numa direção contrária ao interlocutor, contrair os ombros. Podem até parecer coincidência, mas geralmente esses pequenos sinais são fortes indicadores de que há alguma coisa errada.
6. Decodifique microexpressões faciais
Este provavelmente é daqueles sinais mais difíceis de detectar. Se você já assistiu à série de TV “Lie to me”, provavelmente já está familiarizado com o conceito. Em linhas gerais, nós expressamos nossas emoções através da contração ou relaxamento de alguns músculos faciais. Pioneiro no estudo das microexpressões faciais, o Dr. Paul Ekman, identificou sete emoções humanas básicas: alegria, tristeza, aversão, medo, surpresa, raiva e desprezo. Cada uma dessas emoções é representada por uma expressão facial bem definida. Quando o mentiroso tenta forjar uma emoção, é possível dizer que a expressão não é genuína. Por exemplo, felicidade. O sorriso forçado não contrai os músculos ao redor dos olhos, somente a boca. Caso você queira entender melhor como funciona cada uma dessas expressões, recomendo que você pesquise pelos trabalhos do Dr. Ekman.
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